Existem muitas teorias que definem os critérios que devemos usar para avaliar a arte. Uma dessas teorias é a versão expressivista de Tostoi. A arte como expressão, ao contrário da arte como imitação/representação, apela ao aspeto emocional tanto do artista que a produz como do recetor que a contempla, ou seja, a arte só é arte se transmitir ou provocar emoções, seja pelas cores utilizadas, pelo traço, pela escrita, etc.
Esta teoria apresenta-nos um critério valorativo para classificar se um objeto é ou não é uma obra de arte. Assim, é condição necessária uma obra de arte expressar uma emoção mesmo que não represente nada, sendo um critério abrangente será que é suficiente?
Assim, o artista tem que sentir e o recetor tem que captar. O sentimento genuíno tem que ser transmitido com sinceridade. Collingwood afina a teoria, afirmando que as emoções têm que ser clarificadas, visto que na sua maioria são confusas e apresentam-se em estado bruto.
Claro que esta teoria, tal como as outras também apresenta falhas. Exclui obras que não aparentam exprimir qualquer tipo de emoção bem como aquelas que não fazem coincidir a leitura do autor e de quem contempla. Com efeito pode acontecer que os recetores afirmem que sentem coisas que o artista nem deve ter imaginado, ou então o próprio artista pode nem ter tido a intenção de colocar emotividade na peça. A objetividade das emoções também é um fator discutível, pois nem sempre as obras de arte apresentam sentimentos claros. E depois também levantamos a pergunta dos objetos simbólicos, serão eles arte? Não representam eles emoções a determinados recetores? Tudo isto se deve ao facto de nunca termos a certeza do que as pessoas realmente sentem quando apreciam uma obra de arte, podemos perguntar, mas nunca saberemos se estão a dizer a verdade porque não temos acesso ao estado interior de cada um.
Considero esta teoria bem fundamentada porque oferece mais uma tentativa de integrar no mundo da arte autores excluídos por outras teorias.
Paulo Costa 11º R - Ensino Recorrente