sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Texto argumentativo ou ensaio filosófico: - Racionalismo ou empirismo, eis a questão?


 INTRODUÇÃO

A gnoseologia é uma área do saber que estuda o conhecimento e reflete sobre duas questões que dividem a opinião. Podemos conhecer a realidade? Conhecemos a partir da razão ou a partir dos cinco sentidos?Nesta reflexão vou apresentar as possíveis respostas a cada questão e explicar os argumentos que sustentam as diferentes perspetivas. No final irei também dar a minha perspetiva pessoal sobre o assunto.

 DESENVOLVIMENTO

O problema da possibilidade do conhecimento foi, desde sempre, um problema que não conseguiu reunir consenso. Por um lado, os céticos não acreditam no conhecimento, isto é, consideram que o conhecimento não é possível de ser alcançado, porém os dogmáticos já acreditam nessa possibilidade e consideram que tudo o que conhecemos é certo e fiável. O outro problema do conhecimento centra-se na origem ou fonte, isto é, os racionalistas acreditam no poder absoluto da razão e os empiristas consideram-na uma tábua rasa, uma folha em branco onde nada está escrito sem primeiro ser filtrado pelos sentidos.

Os racionalistas, como Descartes, acreditam que o conhecimento provém da razão, do cogito, e utilizam os juízos a priori, que partem da natureza humana, intuitivos e universais são os únicos de confiança. Acreditam, também que, usando a dúvida metódica, provisória, universal, hiperbólica e sistemática, podem chegar ao conhecimento indubitável. Para chegar à verdade clara e distinta, Descartes formula um percurso que o auxilia durante esse caminho: a incerteza dos 5 sentidos (estes não são confiáveis), a dificuldade de distinguir a vigília do sono, os erros nos raciocínios matemáticos e a possibilidade da existência de um Deus enganador (génio maligno).

Por sua vez os empiristas, como David Hume, acreditam que a origem do conhecimento é a experiência, os cinco sentidos, e utilizam os juízos a posteriori (“a consciência cognoscente não tira os conteúdos da razão, tira-os exclusivamente da experiência”), que partem apenas do que esta prova apresenta.

 CONCLUSÃO

 A meu ver, estas teorias têm pressupostos diferentes. Se o racionalismo afirma a universalidade e necessidade dos juízos a prori, o empirismo, proveniente da ciência afirma que os juízos a posteriori são provisórios e por isso contingentes. Pese embora este facto considero que o empirismo é mais apropriado, já que, é muito usado nas ciências e facilita na conceção de muitas descobertas científicas, introduz novos conhecimentos sendo fértil nas ideias. Portanto, “o empirismo opõe-se à tese do racionalismo”, cada uma com uma ideia diferente sobre a possibilidade e origem do conhecimento                                                                                    

                                                                                                                                   Diana Rocha, Nº4, 11ºA

 

                                                                                  

10 comentários:

  1. Hume discorda da tradição científico filosófica ao questionar o princípio da causalidade. O princípio define a relação entre eventos, de forma que um é a causa e o outro o evento dessa mesma causa. De acordo com Hume, a filosofia não deveria tentar entender a relação entre causa e efeito e nem a eficiência desse conceito na vida humana, mas sim a força que o conceito exerce no cotidiano e na sociedade.
    Gabriel Vieira nº6 11ºA

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  2. Hume rejeita a existência de ideias inatas. Ele acredita que nossa mente é "uma tábua rasa" e que todo o conhecimento tem origem através dos sentidos, ou seja, origem empírica.
    Marco Correia Nº13 11ºA

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  3. A gnoseologia aborda questões sobre o conhecimento, como a possibilidade e origem. Céticos negam o conhecimento, enquanto dogmáticos o afirmam como certo. Racionalistas, como Descartes, confiam na razão e juízos a priori, enquanto empiristas, como Hume, baseiam-se na experiência e juízos a posteriori. A incerteza dos sentidos e a dúvida metódica são fundamentais para Descartes. Na minha visão, o empirismo é mais apropriado, destacando-se nas ciências e facilitando descobertas, opondo-se ao racionalismo na concepção do conhecimento.
    Nuria Rocha e Rafael Macedo 11B

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  4. O racionalismo enfatiza o papel da razão e da lógica na aquisição do conhecimento, enquanto o empirismo destaca a importância da experiência sensorial e observação. Ambas as perspectivas têm contribuições significativas para a filosofia.
    Hugo Dias 11°B e Gonçalo Ribeiro 11°B

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  5. A inclusão da dúvida metódica de Descartes e o destaque na experiência sensorial pelos empiristas, especialmente exemplificado por David Hume, contribuem para uma análise aprofundada sobre os problemas do conhecimento, nomeadamente o problema da origem e o problema da possibilidade

    Leonor Rodrigues 11B
    Joana Cardoso 11B

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  6. Luana Dias e Arcangela Hernandez 11B29 de novembro de 2023 às 04:17

    O racionalismo é defendido por Descartes que valoriza os juízos a priori (verdade absoluta) trata-se de um pensamento dedutivo que leva a uma conclusão necessária. Por exemplo, se todas as pessoas que pensam existem. Eu sou uma pessoa que pensa, logo eu sou uma pessoa que existe.
    Já o empirismo defendido por David Hume que valoriza os juízos a posteriori e considera que o conhecimento parte da experiência valorizando o raciocínio indutivo que generaliza e faz previsões.
    Por exemplo, quando concluímos que todos os metais se dilatam com o calor prevemos que esta relação de causa e efeito vai continuar a existir.

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  7. O Racionalismo e o Empirismo são diferentes formas de pensamento que procuram explicar a forma de como o ser humano adquire o conhecimento. Descartes afirma que o racionalismo é uma teoria filosófica que se baseia na afirmação de que a razão é a fonte do conhecimento humano (juízos a priori- verdades absolutas). David Hume rejeita a teoria de Descartes e afirma que o empirismo é uma teoria filosófica baseada na ideia que a experiência é a fonte do conhecimento (juízos a posteriori- questões de facto).
    Gabriela Almeida n° 5 11b
    Luana Marques n°13 11b

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  8. Segundo David Hume, não há ideias inatas. David Hume, acredita que a nossa mente é como uma "tábua rasa", e que nós só obtemos conhecimento através dos 5 sentidos. Para Hume o empirismo é mais significante do que o racionalismo, que defende que nós só adquirimos conhecimento através da razão.
    Lara Rodrigues 11B
    Tatiana Sousa 11B

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  9. O racionalismo e o empirismo são teorias fundamentais da filosofia.
    Considerando que as crenças podem ser construídas por dedução ou indução, a partir dos princípios fundamentais ao conhecimento. A dedução é um raciocínio que exige uma conclusão necessária, sendo por isso absoluta é evidente. Por sua vez a indução é um raciocínio que partindo da observação faz uma generalização e previsão. Desta forma, a conclusão pode conter margem de erro, não nos dando uma verdade absoluta.
    Bárbara Sofia 11A
    Iris Raquel 11A

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  10. Segundo David Hume, o que encontramos na mente humana são as perceções.Estas organizam-se em duas classes que se distinguem pelos seus graus de vivacidade: as impressões ou sensações que são mais vívidas e intensas -sentir e as ideias ou pensamentos que são menos vívidas e intensas- pensar.
    Marco Correia N°13 11A e Gabriel Pereira N°7 11A

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