Prof. Raquel Pereira
Prof. Raquel Pereira
Paulo Costa 11ºR
São Tomás de Aquino defende o argumento cosmológico, também chamado de problema da causa primeira, onde afirma que todas as coisas existentes têm uma causa, causa essa que tem outra causa, diferente de si, e assim sucessivamente numa regressão temporal até chegar à primeira causa, a causa que tudo causa mas que por nada é causada, ou seja, Deus, que por não ser uma entidade espácio-temporal não tem causa. Neste contexto, para Kant, não é legítimo que São Tomás de Aquino use o princípio da causalidade, uma vez que a causa é condição dos fenómenos, ou seja das coisas naturais ou físicas e, por isso, não podemos extrapolar da realidade natural para a realidade metafísica, para além disso o argumento passa da causalidade no mundo para uma causa primeira que sendo esta um fenómeno faria parte do espaço/tempo o que seria incompatível com a ideia de Deus eterno e omnipresente.
Lara Costa, 11º B
O argumento teísta de Santo Anselmo é um argumento ontológico uma vez que o autor defende que “Deus é o ser maior do que o qual nada pode ser pensado” e faz referência à essência de Deus ao afirmar que possui todas as qualidades num grau máximo de grandiosidade ou perfeição. Assim, a condição necessária da sua perfeição é a existência, visto que existir é mais grandioso que não existir. Para além disso dizer que Deus ser perfeito, não existe leva-nos a uma contradição lógica.
Assim, Deus não pode estar apenas no intelecto já que poderíamos pensar em algo maior na realidade. Logo, Deus existe necessariamente porque se encontra no espírito/pensamento e por essa razão tem que existir também na realidade.
Lara Costa, 11º B
Vivemos num mundo repleto de males, sejam estes males físicos, como os tsunamis, as secas, as pragas, por outras palavras as catástrofes naturais; ou até mesmo males morais, como é o caso dos roubos, das guerras, dos homicídios, entre outros, como a negligência presente nas ações humanas. Mas será este tipo de mal compatível com a existência de Deus? É a este tipo de pergunta que o argumento do mal tenta responder. No entanto, outros argumentos teístas procuram avaliar as razões apresentadas. O tema da filosofia da religião é tão antigo quanto o homem e não se esgota na reflexão critica. Nesta dissertação irei esclarecer o problema do mal e apresentar a resposta da Teodiceita de Leibniz, seguida de uma objeção e respetiva resposta da Teodiceia.
O argumento do mal procura negar a existência de Deus. Defende que se o mal existe, Deus omnipotente, omnisciente e sumamente bom não pode existir, pois a definição de mal e a do Deus teísta são incompatíveis. Uma vez que Deus é omnipotente, poderia acabar com o mal; como é omnisciente, saberia da existência do mal; e, por último, por ser sumamente bom, iria querer evitar o mal. Assim sendo, Deus não pode existir, pois o mal existe.
A este argumento a Teodiceia de Leibniz contrapõe considerando que apesar de todo o mal vivemos no melhor mundo possível, porque Deus sumamente bom só é capaz de pensar na melhor escolha e, pondo em prática o princípio do melhor, concluiu que o nosso mundo atual é a melhor de todas as possibilidades. O teísmo recorre à noção de livre-arbítrio dizendo que o sofrimento não é causado por Deus, mas sim pelas pessoas.
Deste modo, apesar do mundo estar repleto de males, os seres humanos são livres de escolher entre o bem e o mal. Deus omnipotente poderia criar um mundo sem a existência do mal, mas para isso Deus teria de nos fazer como máquinas programadas só capazes de exercer o bem, num determinismo absoluto. Se assim fosse o ser humano não teria livre-arbítrio e isso não faria de Deus sumamente bom porque não respeitaria a nossa autonomia e capacidade de auto-determinação. Deus só pode fazer o que é logicamente possível.
A esta tese os defensores poderiam criticar o sofrimento excessivo e a tamanha crueldade, e supor que Deus poderia fazer o homem sem a definição de mal.
Ao que a Teodiceia de Leibniz teria de responder que o sofrimento é um bem maior para um bem maior ainda, ou seja, o ser humano tem de sofrer para melhorar moralmente, sofrer e aprender na terra para um dia obter a salvação, e se Deus criasse o ser humano sem a definição de mal, para além de não seremos verdadeiramente livres, também não haveria excedentes do bem sobre o mal. Os males naturais que não dependem do homem são uma oportunidade para a humanidade realizar boas ações ou atos heroicos. Quanto ao sofrimento dos mais frágeis o teísmo responde que esse sofrimento pode ser sempre recompensado na outra vida.
Eu concordo totalmente com a tese de Leibniz, pois além de termos livre-arbítrio e o mal ser provocado pelas nossas escolhas, também considero que não faria sentido haver uma salvação eterna se fossemos programados para fazer só e somente o bem, ou seja, o que está correto na vida. Podemos concluir que a fé é uma via de acesso a Deus, um caminho alternativo de quem procura a salvação eterna e o consolo para todos os seus problemas.
Lara Costa, 11º B
Este ano a Biblioteca Escolar em parceria com o grupo de professores de filosofia lançou o concurso: Ensaio filosófico, com a finalidade d...