formar em direito. Josh é cristão desde o nascimento, tendo sempre sido criado com a
crença que Deus existe e que é a causa do universo. O que o mesmo não esperava, era
que durante a sua primeira aula de filosofia do semestre, lhe fosse pedido pelo professor
Jeffersom, ateísta, que escrevesse, tal como o resto da turma, a frase “Deus está
morto”. Josh recusa-se a fazer o trabalho devido às suas crenças religiosas, sendo
desafiado pelo professor a fazer um debate de três sessões, onde o mesmo deveria
provar a ele e a toda a turma o seu ponto de vista, caso contrário, o mesmo chumbaria à
cadeira. Durante as primeiras duas sessões, Josh é incapaz de convencer os seus
colegas, acabando sempre com falta de argumentos bem fundamentados que
contrapusessem as críticas lançadas pelo seu professor. O mesmo não desiste da ideia
de fazer a sua crença prevalecer, o que lhe custa o namoro com a sua namorada Kara.
No debate final, Josh questiona ao professor a razão pela qual o mesmo não acredita em
Deus, e o mesmo responde que é pelo ódio que sente por o mesmo não ter impedido a
morte da sua mãe, sendo depois questionado como é possível odiar algo que não existe,
gerando na turma a dita frase “Deus não está morto” entoada pelos seus colegas que
fazem o professor sair da sala derrotado. O filme também retrata outros personagens,
como Ayisha, uma personagem islâmica que se converte ao cristianismo e é deserdada
pelo pai, ou Martin, um aluno chinês cristão que está proibido de falar de religião pelo
seu pai de forma a evitar as chances do seu irmão nos seus estudos no estrangeiro.
Toda a temática do filme é a diversificação das crenças presentes no mundo, como
todas elas são importantes para os indivíduos que nela acreditam, não tendo nós, seres
humanos, o direito de julgar alguém pelas crenças que escolhemos ter, pois cada um
deve acreditar no que melhor acredita para a nossa felicidade. O filme também aborda
a necessidade de mesmo não necessariamente tendo uma crença ou discordando das
crenças alheias, devemos sempre tirar um tempo para as discutir, seja em contexto de
sala de aula, entre amigos ou família, permitindo-nos criar novas opiniões
fundamentadas sobre o assunto, causadas pelas experiências de um outrem.
Na minha opinião, a cena mais “pesada” do filme foi definitivamente a expulsão da
personagem Ayisha da sua casa devido à diferença de crença entre ela e a sua família,
sendo um momento extremamente emotivo que a meu ver, deixaria qualquer um
destroçado, especialmente um pai que tivesse de escolher entre a família ou a crença
em Deus.
Com isto, é importante reafirmar, que mesmo que tenhamos as nossas razões para
acreditar, ou não na existência de Deus, não devemos jamais impor as nossas crenças
noutras pessoas, pois o mesmo só causa discórdia entre as pessoas, devemos, no
entanto, discutir as nossas opiniões de forma civilizada, ouvindo os dois lados para no
fim tirar uma boa conclusão.
Paulo Costa 11ºR