quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Texto argumentativo ou ensaio filosófico: - Racionalismo ou empirismo, eis a questão?

 

 


A gnoseologia é uma área do saber que estuda o conhecimento e reflete sobre duas questões que dividem a opinião. Podemos conhecer a realidade? Conhecemos a partir da razão ou a partir dos cinco sentidos? Nesta reflexão vou apresentar as possíveis respostas a cada questão e explicar os argumentos que sustentam as diferentes perspetivas. No final irei também dar a minha perspetiva pessoal sobre o assunto.

O problema da possibilidade do conhecimento foi, desde sempre, um problema que não conseguiu reunir consenso. Por um lado, os céticos não acreditam no conhecimento, isto é, consideram que o conhecimento não é possível de ser alcançado, porém os dogmáticos já acreditam nessa possibilidade e consideram que tudo o que conhecemos é certo e fiável. O outro problema do conhecimento centra-se na origem ou fonte, isto é, os racionalistas acreditam no poder absoluto da razão e os empiristas consideram-na uma tábua rasa, uma folha em branco onde nada está escrito sem primeiro ser filtrado pelos sentidos.

Os racionalistas, como Descartes, acreditam que o conhecimento provém da razão, do cogito, e utilizam os juízos a priori, que partem da natureza humana, intuitivos e universais são os únicos de confiança. Acreditam, também que, usando a dúvida metódica, provisória, universal, hiperbólica e sistemática, podem chegar ao conhecimento indubitável. Para chegar à verdade clara e distinta, Descartes formula um percurso que o auxilia durante esse caminho: a incerteza dos 5 sentidos (estes não são confiáveis), a dificuldade de distinguir a vigília do sono, os erros nos raciocínios matemáticos e a possibilidade da existência de um Deus enganador (génio maligno).

Por sua vez os empiristas, como David Hume, acreditam que a origem do conhecimento é a experiência, os cinco sentidos, e utilizam os juízos a posteriori (“a consciência cognoscente não tira os conteúdos da razão, tira-os exclusivamente da experiência”), que partem apenas do que esta prova apresenta.

A meu ver, estas teorias têm pressupostos diferentes. Se o racionalismo afirma a universalidade e necessidade dos juízos a prori, o empirismo, proveniente da ciência afirma que os juízos a posteriori são provisórios e por isso contingentes. Pese embora este facto considero que o empirismo é mais apropriado, já que, é muito usado nas ciências e facilita na conceção de muitas descobertas científicas, introduz novos conhecimentos sendo fértil nas ideias. Portanto, “o empirismo opõe-se à tese do racionalismo”, cada uma com uma ideia diferente sobre a possibilidade e origem do conhecimento.

                                                                                   Diana Rocha, Nº4, 11ºA

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